Pelotas – O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) deu continuidade à Operação Contas Abertas, que investiga organização criminosa — com base na Serra — envolvida com tráfico de armas e drogas, além de lavagem de dinheiro, nesta segunda-feira (17). Nesta ação, foi cumprido mais um mandado de prisão preventiva e realizada revista pontual no Presídio Regional de Pelotas (PRP). A ação contou com apoio do Grupo de Intervenção Rápida da Superintendência dos Serviços Penitenciários (GIR/SUSEPE).
No local, foram apreendidos celulares e outros materiais ilícitos que serão analisados e usados como provas na investigação. O promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas, responsável pela continuidade da ação e coordenador do GAECO Núcleo Sul, afirmou que, “em continuidade à Operação Contas Abertas, cumpriu-se um mandado de prisão em revista na cela de um alvo que estava em Pelotas por causa de medida judicial após afastamento dele do presídio de Bento Gonçalves. Portanto, o mandado teve de ser cumprido nesta segunda-feira pelo GAECO Núcleo Sul em apoio ao GAECO Núcleo Serra. Na zona sul do Estado, foi efetivada a prisão preventiva deste alvo, bem como, foi feita uma revista na cela, onde foram apreendidos dois celulares, que vão ser agora objeto de investigação”.
OPERAÇÃO CONTAS ABERTAS
A Operação Contas Abertas, deflagrada na sexta-feira da semana passada, contabilizou 26 prisões, 25 veículos e cinco imóveis apreendidos judicialmente, além do bloqueio de 274 contas bancárias. Cerca de 400 agentes cumpriram as ordens judiciais, incluindo cerca de 50 mandados de busca, em Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, São Valentim do Sul, Guaporé e Barros Cassal, além de outros em Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. O alvo foi uma organização criminosa que tem ramificações em várias cidades e também em outros Estados.
Também ocorreu uma revista geral na Penitenciária Estadual de Bento Gonçalves e cumprimento de mandado judicial na Penitenciária Federal de Campo Grande, onde se encontra o líder do esquema criminoso. Os 26 presos eram a companheira do detento, que cumpre pena fora do Estado, e traficantes responsáveis pela contabilidade do grupo e lavagem de capitais, entre outros delitos. Os investigados, além de comprar imóveis e carros, adquiriram até uma cabanha. A operação contou com apoio da Brigada Militar, Polícia Civil e SUSEPE.
Na última sexta-feira, dia 14, em quatro Estados, foram presas 26 pessoas, apreendidos bens e bloqueadas mais de 270 contas bancárias.