A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, inicia nesta quarta-feira (24) a quinta fase da Operação Mute que acontece em todo país. O objetivo é identificar e retirar celulares localizados em unidades prisionais como forma de combater a comunicação ilícita do crime organizado e reduzir os índices de violência em âmbito nacional. A operação conta com a atuação de policiais penais federais e estaduais em 107 unidades prisionais e se estenderá até a sexta-feira (26).
Somando o resultado das quatro fases anteriores, a Operação Mute poderá, ao final da quinta fase, chegar a número superior a 4 mil celulares apreendidos. O que destaca, ainda mais, a importância desta operação que é considerada a maior realizada pela Senappen no contexto de combate ao crime organizado. A previsão é de chegar a mais de 1.700 mil materiais perfurocortantes retirados das celas.
O número de policiais penais envolvidos na operação também chama a atenção e poderá chegar a 16.700 mil agentes em atuação em mais de 350 unidades prisionais onde estão custodiados mais de 300 mil pessoas privadas de liberdades.
Durante a Operação Mute, policiais penais realizam as revistas em pavilhões e celas. Os aparelhos celulares são as principais ferramentas utilizadas pelo crime organizado para a perpetuação de delitos e o consequente avanço da violência nas ruas. A Operação Mute é a maior realizada pela Senappen pelo número de estados participantes, quantidade de policiais penais federais e estaduais envolvidos e unidades prisionais estaduais revistadas.
Essas comunicações proibidas configuram um problema nacional com sérios impactos sociais, psicológicos e econômicos. Neste contexto, a Diretoria de Inteligência Penitenciária (DIPEN) propõe medidas de implementação de rotinas e procedimentos nos estabelecimentos penais e em conjunto com outras forças para o enfrentamento das comunicações proibidas no sistema prisional nacional.
A operação Mute ocorre em todas as unidades federativas, por meio de “mutirões” de revistas com o objetivo prioritário da retirada de celulares de dentro dos principais Estabelecimentos Penais no Brasil, sendo orquestradas pela Coordenação de Projetos e Inovação – Copiin/Dipen/Senappen e agências de inteligência das polícias penais dos estados envolvidos na operação.
Penitenciária de Porto Alegre
Em Porto Alegre, a Polícia Penal desencadeou operação de revista geral na Penitenciária Estadual de Porto Alegre (Pepoa). Nesta ação, foram mobilizados mais de 90 servidores penitenciários, entre integrantes do Grupo de Ações Especiais (Gaes), do Grupo de Intervenção Rápida da 10ª Região Penitenciária (GIR-10), da 10ª Delegacia Penitenciária Regional, da Inteligência Penitenciária e da própria casa prisional.