Monitor das Doações registrou mais de 340 milhões de reais doados de forma emergencial ao Rio Grande do Sul por pessoas físicas, jurídicas, organizações sem fins lucrativos e órgãos públicos, com o objetivo principal de apoiar e fornecer recursos para as comunidades afetadas pela enchente que atingiu o estado no final do mês de abril e completa três meses neste mês. Até o momento, em doações gerais, o Monitor já registrou cerca de 600 milhões de reais, com 145 doadores.

Entre os principais doadores, 65% são de empresas, 20% de organizações sociais, 14% de pessoas físicas e 1% de órgãos públicos e as maiores doações são do Banco do Brasil e do Instituto Ling, cada um contribuindo com 50 milhões de reais. A Gerdau destinou 30 milhões de reais e a Petrobras e a BTG Pactual destinaram 20 milhões de reais cada. As Lojas Renner contribuíram com 15 milhões de reais e o Itaú e o Grupo Safra também realizaram grandes doações, com repasses entre 10 milhões de reais cada.

Já nas doações realizadas por pessoas físicas, o jogador Neymar contribuiu com 21 milhões de reais, enquanto Matteus Amaral (ex-BBB 24), doou 7 milhões de reais, seguidos do empresário Salim Mattar, com 5 milhões de reais, e Felipe Neto, com 4,8 milhões de reais.

A ferramenta é mantida pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), com o apoio do Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE), e registra  doações individuais acima de 3 mil reais e divulgadas publicamente. De acordo com os dados coletados até o momento, esse montante representa uma manifestação de solidariedade nacional diante das adversidades enfrentadas na região gaúcha.

Associados da ABCR também estiveram presentes em ações de apoio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, incluindo a CUFA Esteio RS, Fundo Brasil de Direitos Humanos, Greenpeace Brasil, Marista Brasil, Movimento #DoaCaxias, Pan American School, TETO Brasil e Visão Mundial.

“Chama muito a atenção o volume das doações emergenciais que contribuíram para uma doação maior do que ano passado. Neste ano e até agora, já estamos chegando a 600 milhões de reais, um valor maior do que em todo ano de 2023. Isso deixa claro o quão forte e impactante foi essa tragédia e o quanto as pessoas se sentiram mobilizadas para ajudar um número grande de pessoas”, avalia Fernando Nogueira, diretor-executivo da ABCR.

No entanto, Nogueira também destaca que o desafio futuro reside em manter as doações de forma contínua, não apenas em tempos de crise. “No período de abril de 2020 a dezembro de 2021, o país mobilizou mais de 7 bilhões de reais para enfrentar os desafios da pandemia de Covid-19. No último ano, por exemplo, de acordo com o levantamento do Monitor, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2023, foram registrados 474,9 milhões de reais em doações, uma queda de 67% comparado ao ano de 2022, que totalizou 1,4 bilhão de reais”, comenta.

Informe sua doação

Além de acompanhar as notícias públicas sobre doações em jornais, revistas, entre outros meios, o Monitor das Doações também oferece a possibilidade de os doadores informarem diretamente as contribuições filantrópicas para que elas sejam inseridas. Para tornar pública a doação e o nome de quem doa, é necessário enviar um e-mail para contato@diadedoar.org.br com informações sobre a doação (ou doações) e o valor. Lembrando que são válidas doações com valor igual ou superior a 3 mil reais.

A lista completa das contribuições pode ser acessada no site oficial do Monitor das Doações, em www.monitordasdoacoes.org.br.

Sobre a ABCR

A ABCR (Associação Brasileira de Captadores de Recursos) (https://captadores.org.br) reúne e representa os profissionais de captação, mobilização de recursos e desenvolvimento institucional, que atuam para as organizações da sociedade civil no Brasil. Lidera campanhas, eventos e uma série de outras iniciativas de fortalecimento do setor e de apoio a quem atua por uma sociedade mais justa e democrática.

Sobre o GIFE

O GIFE – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas – é uma plataforma de fortalecimento da filantropia e do investimento social privado no Brasil. Promove espaços de diálogo e colaboração entre as organizações, produz e compartilha conhecimento a partir de pesquisas, análises e debates, buscando referências inovadoras para o constante aprimoramento da atuação dos associados e para o fortalecimento do setor.