Pelotas – O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou um ex-diretor administrativo e financeiro do Pronto Socorro de Pelotas por sete casos de peculato, que é quando um servidor público se apropria de dinheiro. Em 18 ocasiões, entre março de 2022 e fevereiro de 2024, ele desviou R$ 258,3 mil de valores que deveriam custear o funcionamento do hospital. Ao invés disso, usou as verbas para confecção de móveis da sua casa e de seus pais, para repassar a uma igreja a qual tem vínculo e outros fins particulares.

Foram constatados ilícitos e inconformidades na prestação de serviços com empresas na área de portaria, construção civil e móveis planejados. A comunicação inicial do fatos ao MPRS foi encaminhada pela Prefeitura de Pelotas.

A investigação foi realizada pelo promotor de Justiça José Alexandre Zachia Alan, da Promotoria Especializada de Pelotas. A denúncia foi oferecida ao Poder Judiciário na segunda metade deste mês de agosto e a apuração faz parte da chamada “Operação Contágio”. O MPRS também pediu a indisponibilidade de bens do investigado e a reparação de danos aos cofres públicos do município do Sul do Estado. Houve, também, determinação de que o investigado não tenha contato com testemunhas.

“Desde a notícia inicial de irregularidades do Pronto Socorro, o Ministério Público tem investigado os fatos silenciosamente. A operação terá seguimento até que todas as repercussões associadas aos acontecidos sejam examinadas e que todos os culpados sejam levados à Justiça. Além disso, outras fases da operação serão realizadas posteriormente”, ressaltou o promotor.