O júri foi presidido pelo juiz de Direito Eduardo Pereira Lima Zanini. Foto: TJRS

Dom Pedrito – Terminou no início da manhã de hoje,  segunda-feira (2), em Dom Pedrito, um dos maiores júris do país. Com início na terça-feira, dia 27 de agosto, contando com 24 réus, cerca de 100 depoimentos e 12 horas de debates previstos para cada uma das partes. O fórum ficou fechado nestes seis dias e as ruas no entorno foram interditadas, sempre contando com um grande aparato de segurança.

Ao todo, 15 acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), incluindo os líderes da ação criminosa, foram condenados por um atentado praticado por meio de incêndio, em março de 2018, no Presídio Estadual de Dom Pedrito, na Região da Campanha. Nove réus foram absolvidos.

O crime resultou em um preso morto e outra 42 vítimas, sendo que algumas delas ficaram feridas. Isaac Martins Gonçalves foi o apenado que faleceu e os alvos dos réus eram detentos rivais que se encontravam na cela onde ocorreram as primeiras chamas. Em relação aos condenados, 13 deles, incluindo os dois líderes, foram responsabilizados por homicídio qualificado e parte deles por tentativas de homicídio. As penas ainda devem ser publicadas em até 48 horas a partir desta segunda-feira.

ACUSAÇÃO

No Tribunal do Júri, atuaram na acusação os promotores de Justiça da comarca de Dom Pedrito: Vitor Hugo Catena Chiuzuli e Pedro Santos Fernandes. Junto a eles, foi designado, pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) da instituição, o promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim.

O coordenador do Centro de Apoio ao Júri (CaoJúri) do MPRS, promotor de Justiça Marcelo Tubino, também esteve presente em Dom Pedrito, nos primeiros dias. “Plenário histórico. Extenso em número de réus e dias realizados. Não se tem registro de outro desta dimensão no RS. Foram seis dias de elevado esforço e determinação dos promotores de Justiça. O MPRS marcou seu posicionamento em proteção da sociedade”, destacou Tubino.

O júri foi presidido pelo juiz de Direito Eduardo Pereira Lima Zanini.