Operação Shamar cumpriu, de 2 a 30 de agosto, 7.130 prisões de pessoas por feminicídio e violência doméstica, em todo o Brasil. Nesse período, 73.336 vítimas foram atendidas. O número de medidas protetivas de urgência solicitadas chegou a 49.542, e o de medidas protetivas de urgência acompanhadas foi de 956.
O resultado das ações de governo de combate à violência contra a mulher foi divulgado, nesta terça-feira (3), pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). O investimento total foi de mais de R$ 2,3 milhões, por meio do aporte de diárias de policiais civis e militares para deslocamento com o objetivo de cumprir mandados de busca e de apreensão de acusados de feminicídio e de violência doméstica, sobretudo onde não há delegacia especializada.
Com o recurso, também foram promovidas ações educativas de prevenção de casos de agressão em razão de gênero, como palestras e panfletagem. O que alcançou 3.895.175 pessoas.
A ação foi coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do MJSP, e contou com a adesão dos 26 estados e do Distrito Federal. Ocorreram diligências em 1.285 municípios. Durante a operação, foram apreendidos, ainda, 989,89 kg de drogas e recolhidas 1.286 armas.
O secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, ressaltou que o combate à violência doméstica e ao feminicídio é uma das prioridades do MJSP. “O governo federal, os estados, o Distrito Federal e os municípios se uniram para combater essa triste realidade, que ainda persiste em nossa sociedade. As diversas operações que realizamos em parceria com os entes federados são de extrema importância. Estamos avançando cada vez mais, mas, para obtermos êxito, precisamos que toda a sociedade se envolva e diga não à violência contra as mulheres”, disse.
Shamar é uma palavra hebraica que significa cuidar, guardar, proteger, vigiar e zelar. Outro motivo para que a operação ocorresse em agosto foi o aniversário da Lei Maria da Penha, que completou 18 anos de sua promulgação no dia 7.
Campanha pelo Feminicídio Zero no Brasileirão
O MJSP, o Ministério das Mulheres e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se uniram na campanha de combate à violência contra a mulher na 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em alusão ao Agosto Lilás, que celebrou os 18 anos da Lei Maria da Penha, foi exibida nos telões durante as partidas de 17 a 19 de agosto a seguinte mensagem: Feminicídio Zero – nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada.
O mote da campanha também foi divulgado nas redes sociais dos ministérios e da confederação, com vídeos e materiais informativos que destacaram o Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) como o principal canal de informações sobre direitos e denúncias de agressões motivadas por gênero.