Três integrantes de uma facção acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foram condenados pelo Tribunal do Júri, em Porto Alegre, no final da noite de quinta-feira, dia 12. Um deles recebeu uma pena de 105 anos de prisão, outro de 107 e o terceiro de 110 anos de reclusão. O cumprimento das penas é em regime fechado, no entanto, o trio já se encontrava no sistema prisional.

No dia 20 de fevereiro de 2021, na Ilha Grande dos Marinheiros, na Capital, os três, junto com outros quatro investigados, mataram a tiros um adolescente de 15 anos de idade, que não tinha envolvimento com o crime. Além disso, feriram outras cinco pessoas, incluindo adolescentes e duas crianças. Apenas uma das pessoas feridas — um adulto — era o alvo dos criminosos. A execução, que ocorreu em uma residência, foi motivada por desavenças envolvendo o tráfico de drogas.

Os três réus foram condenados por um homicídio qualificado e cinco tentativas de homicídio qualificado, além de constrangimento ilegal, associação criminosa e corrupção de menor, neste último delito por terem envolvido um adolescente de 17 anos na execução. O promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim atuou em plenário pelo MPRS.

Segundo ele, “o caso em questão demonstra a crueldade dos traficantes ao matarem impiedosamente um jovem de 15 anos de idade sem nenhum envolvimento com o crime, além de provocarem deficiência grave em uma das pernas de um menino de quatro anos de idade. Eles ainda balearam outra criança e outros adolescentes. A pena de prisão, pesada, é o que merecem”.

Um primeiro júri relacionado a este mesmo crime ocorreu no mês de abril deste ano, com a condenação de outros quatro acusados pelo MPRS. As penas de cada um foram: 20, 74, 111 e 113 anos de reclusão.

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