Rio Grande – Inicia amanhã, terça-feira (15), sessão do tribunal do júri, no Foro de Rio Grande, onde o réu é acusado de tentativa de homicídio contra seis policiais civis no município. Estão previstos depoimentos das seis vítimas, de duas testemunhas de acusação e quatro de defesa. Atuarão na acusação os promotores de Justiça Fernando Gonzalez Tavares e Márcio Schlee Gomes e o assistente de acusação, advogado Eduardo Pias Silva. Na defesa, estarão os advogados Julieth Gonçalves dos Santos, Juliana Rocha Costa e Felype Prado Nascimento.O julgamento, a princípio, deve encerrar apenas na quarta-feira (16).

Caso

Os fatos ocorreram no dia 1º de abril de 2022, por volta das 7h30min, em via pública e no pátio da residência do réu, no bairro Querência, em Rio Grande. Conforme a acusação, apesar de os policiais terem se identificado e anunciado a ação, o réu efetuou os disparos de arma de fogo contra eles. Os agentes tinham se deslocado até a residência dele para cumprir um mandado de busca e apreensão relacionado a uma outra investigação policial. Um dos disparos atingiu a cabeça de uma das policiais. De acordo com o Ministério Público, os demais disparos direcionados aos outros cinco policiais não os atingiram por erro de pontaria. O réu foi preso em flagrante no dia do crime. Ele permaneceu em prisão preventiva até 28/4/2023, quando passou a responder ao processo em liberdade

Uma das vítimas é a agente Laline Almeida Larratéa, baleada na cabeça no dia 1º de abril de 2022 durante cumprimento de mandados de busca envolvendo tráfico de drogas. Os outros cinco policiais não foram atingidos pelos disparos. Laline, que tinha 36 anos na época, teve de ser socorrida de helicóptero para o hospital, passou por cirurgia e, posteriormente, teve sequelas envolvendo perda de memória.

Em relação aos crimes, as seis tentativas de homicídio são qualificadas por terem sido cometidas contra agentes de segurança no exercício da função. O réu, que chegou a ser preso em flagrante, passou a responder ao processo em liberdade a partir de abril de 2023. O julgamento está marcado para iniciar às 9h30 de terça-feira, no fórum local, e deve durar dois dias. Estão previstos os depoimentos das seis vítimas, de duas testemunhas de acusação e de mais quatro de defesa, além do interrogatório do réu. Pelo MPRS, irão atuar os promotores de Justiça Fernando Gonzalez Tavares, da Promotoria de Justiça Criminal de Rio Grande, e Márcio Schlee Gomes, designado pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) da instituição.

O júri será presidido pelo juiz de Direito Bruno Barcellos de Almeida e terá transmissão ao vivo pelo canal do TJRS no YouTube

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