Rio Grande – Na próxima terça-feira, dia 15 de outubro, um denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) vai a júri por tentativa de homicídio contra seis policiais civis no município de Rio Grande. Uma das vítimas é a agente Laline Almeida Larratéa, baleada na cabeça no dia 1º de abril de 2022 durante cumprimento de mandados de busca envolvendo tráfico de drogas. Os outros cinco policiais não foram atingidos pelos disparos. Laline, que tinha 36 anos na época, teve de ser socorrida de helicóptero para o hospital, passou por cirurgia e, posteriormente, teve sequelas envolvendo perda de memória.

Em relação aos crimes, as seis tentativas de homicídio são qualificadas por terem sido cometidas contra agentes de segurança no exercício da função. O réu, que chegou a ser preso em flagrante, passou a responder ao processo em liberdade a partir de abril de 2023. O julgamento está marcado para iniciar às 9h30 de terça-feira, no fórum local, e deve durar dois dias. Estão previstos os depoimentos das seis vítimas, de duas testemunhas de acusação e de mais quatro de defesa, além do interrogatório do réu. Pelo MPRS, irão atuar os promotores de Justiça Fernando Gonzalez Tavares, da Promotoria de Justiça Criminal de Rio Grande, e Márcio Schlee Gomes, designado pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) da instituição.

“Faz mais de dois anos que os policiais vítimas esperam por justiça em relação ao gravíssimo atentado contra suas vidas. E a justiça que o Ministério Público irá buscar no julgamento é uma condenação contundente do réu pela prática das seis tentativas de homicídio”, ressalta o promotor Fernando Gonzalez Tavares. Já o promotor Márcio Schlee Gomes, diz que “o caso representa um ataque à vida humana, a uma mulher, à Polícia Civil, contra o Estado, merecendo total reprovação social, sendo que o MPRS vai lutar para que a comunidade de Rio Grande, representada pelos jurados, faça a devida justiça com a condenação exemplar do réu”.

O coordenador do Centro de Apoio Operacional do Júri do MPRS, promotor de Justiça Marcelo Tubino, destaca que “o caso exige forte resposta da sociedade na condenação do réu, pois ele colocou em risco, com sua atitude, não só a vida de Laline e dos demais policiais, mas a da segurança pública e Estado como um todo”. O júri será presidido pelo juiz de Direito Bruno Barcellos de Almeida e terá transmissão ao vivo pelo canal do TJRS no YouTube.


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