Ordens judiciais foram cumpridas nos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Foto: PF

*Atualização

Porto Alegre – Durante a operação Narcopesca, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (2) foram cumpridos cinco mandados de prisão, três presos (Itajaí, Florianópolis e Angra dos Reis), seis mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão (SC, RJ e RS), nove embarcações, seis localizadas e apreendidas (em SC, RJ e RN), 13 imóveis (todas as ordens cumpridas), 11 ordens de sequestro de veículos, quatro localizados até agora, bloqueio de 12 pessoas físicas e sete jurídicas. As apreensões e sequestros de bens já giram em torno de R$ 30 milhões.

Esta é a segunda fase da operação Narcopesca, que investiga uma organização criminosa que atua na logística de transporte de grandes carregamentos de drogas em embarcações pesqueiras, de apoio marítimo e veleiros, com destino para Europa e África. A investigação contou com o apoio da Receita Federal e da Marinha do Brasil.

Nesta segunda fase, policiais federais cumprem mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, além do sequestro de imóveis, veículos, embarcações e bloqueios de contas bancárias de pessoas físicas e pessoas jurídicas.

As ordens judiciais foram expedidas pelo juízo da 22ª Vara Federal de Porto Alegre, e estão sendo cumpridas nos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

Durante a investigação, ficou comprovado o envolvimento dessa organização criminosa no transporte de, aproximadamente, 4,6 toneladas de cocaína que iriam para Europa e 3 toneladas de haxixe que viriam para o Brasil.

A Polícia Federal também conseguiu relacionar alguns dos investigados no flagrante, ocorrido em 29 de fevereiro deste ano, que tentou inserir 21 quilos de cocaína no casco de um navio que partiria do Porto de Rio Grande com destino a Portugal.

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se condenados, estarão sujeitos a uma pena de até 33 anos de reclusão.