O Colorado abriu o returno do Brasileirão com empate na Fonte Nova. Ontem, sábado (27), o Inter visitou o Bahia, em partida da 20ª rodada nacional, e ficou no 1 a 1 com os mandantes. Rafael Borré, aos 44 minutos do segundo tempo, marcou o gol do Clube do Povo no confronto, que será sucedido, no calendário alvirrubro, por duelo com o Palmeiras. O embate com os paulistas está previsto para as 17h do próximo dia 4 de agosto, no Beira-Rio.
Depois de um início de partida com poucas emoções, o Bahia abriu o placar da Arena Fonte Nova aos 12 minutos, com David Duarte. Àquela altura, o Inter atuava no esquema 4-2-3-1, com as novidades de Bernabei na lateral-esquerda e Gabriel Carvalho centralizado na linha de meio-campistas. Pouco depois do gol mandante, contudo, Roger modificou o posicionamento de Gabriel, deslocando a cria do Celeiro de Ases, que fazia sua estreia como titular na categoria profissional, para a meia-direita.
A partir da mudança no sistema ofensivo, Borré ficou centralizado. Próximo de Enner Valencia, o colombiano cresceu de desempenho – bem como o Inter, que superaria um breve período de domínio do Bahia. Em seus melhores momentos, o time da casa apostou na velocidade de seus meio-campistas, que trocavam passes rápidos para gerar espaços na defesa colorada.
As primeiras incursões do Inter à área mandante aconteceram pelo lado esquerdo. Aos 21, Bernabei tabelou com Wesley, chegou à linha de fundo e levantou na direção de Borré. O colombiano tentou a assistência para Valencia, mas o passe, forte, morreu nas mãos de Marcos Felipe. Quatro minutos mais tarde, Wesley recebeu na entrada da área e serviu Enner, que apostou no cruzamento fechado. Forte, ela saiu por cima.
As melhores oportunidades chegaram perto dos acréscimos. Encaixada, a pressão ofensiva do Inter forçou dois erros na saída de jogo do Bahia que por detalhe não resultaram em gol. Primeiro, Borré recebeu de Wesley e teve liberdade para dominar, mas não para chutar. Bloqueado, o colombiano mandou para fora. Depois, Valencia desarmou, invadiu a área e, cara a cara com Marcos Felipe, definiu cruzado. Rasteiro, o arremate explodiu no poste.
Colorado pressiona e empata
A pressão construída pelo Inter antes do intervalo foi mantida no começo do segundo tempo, e Gabriel Carvalho, cada vez mais confortável em campo, foi protagonista das primeiras chances. Aos cinco, o meio-campista recebeu no corredor central da intermediária ofensiva e arriscou por baixo – e pela linha de fundo. Três minutos mais tarde, o camisa 34 invadiu a área a dribles e finalizou de canhota. Com desvio em Borré, a bola morreu na rede, mas por fora.
O Inter também pressionou na bola aérea. Aos nove, Bruno Henrique cobrou falta sem força, mas com direção, na altura da marca do pênalti. Ali, Mercado conseguiu a infiltração às costas da zaga e cabeceou de casquinha. Sem direção, a bola morreu em tiro de meta. Reconhecendo o mau momento de sua equipe, Rogério Ceni reagiu com três trocas. Mesmo assim, o Colorado continuou melhor, e poderia ter empatado aos 18.
Em velocidade, Valencia foi lançado por Gabriel Carvalho e só não invadiu a área porque sofreu um atropelo de David Duarte. Próximo ao lance, o árbitro ignorou a falta (que mereceria, pelo menos, um cartão amarelo). Mais uma vez, o Bahia precisou mudar: Lucho Rodríguez entrou no lugar de Everaldo. Roger, pouco depois, também usou do banco de reservas, e alçou Gustavo Prado à vaga de Gabriel Carvalho.
Naturalmente desgastado pelo exigente calendário do futebol brasileiro, o Inter passou, entre os 30 e 35 minutos, por outras três substituições. Lucca Drummond, Matheus Dias e Hyoran substituíram Valencia, Bruno Henrique e Wesley e assumiram a responsabilidade de renovar o fôlego colorado. Com eles em campo, o Clube do Povo chegou ao – merecido – empate.
Pela direita, Hyoran conduziu com inteligência. Depois de tabelar com Borré, o camisa sete teve campo aberto para invadir a intermediária ofensiva e inverter o jogo até Gustavo Prado. No mano a mano com Gilberto, o meio-campista se aproximou da área, cortou para fora e bateu de chapa. Atrapalhado pelo quique da bola, Marcos Felipe espalmou para a frente. Oportunista, Rafael Borré mostrou sangue frio para dominar, tirar do goleiro e completar para as redes.