Diretoria do Sintergs não descarta pedir ao MPT intervenção devido às precárias condições. Foto: Divulgação Sinterg

A chuva que voltou a cair no Rio Grande do Sul nos últimos dias evidenciou a precariedade dos prédios públicos do Estado e a falta de segurança para servidores que lá trabalham. Na manhã desta quinta-feira (26/09), o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) e o Hospital Sanatório Partenon amanheceram alagados e com alto risco de gerar problemas maiores para servidores, público externo e pacientes, principalmente na rede elétrica. Vídeos evidenciam a precariedade dos locais.

A sede do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), situado na avenida Ipiranga, nº 5.400, no bairro Jardim Botânico, ficou alagada devido a inúmeras goteiras existentes no local, o que compromete o trabalho. Além disso, relatos de servidores que chegaram ao Sintergs dão conta de alto risco de curto-circuito e choque elétrico, pois a água está em contato com a fiação elétrica. Mais grave ainda, os servidores não foram liberados para trabalhar de casa.

O Hospital Sanatório Partenon, localizado na avenida Bento Gonçalves, nº 3.722, no bairro Partenon, também ficou alagado com a água da chuva escorrendo pelas paredes e jorrando do teto, impossibilitando completamente o trabalho dos servidores e danificando móveis.

“Infelizmente, não surpreende esta situação. Desde que iniciamos a campanha ‘Meu Ambiente Importa’ foram reportadas dezenas de irregularidades em cidades por todo o interior do Estado. Porto Alegre não é o único lugar em que houve o abandono da estrutura física dos prédios públicos nas últimas gestões. Mas agora estamos falando da segurança dos servidores, das pessoas”, salienta a Diretora de Assuntos Funcionais e Qualificação Técnica do Sintergs, Nádia Pacheco.

Segundo a diretoria do Sintergs, esses mesmos servidores que trabalham nessas condições perderam a gratificação por insalubridade bem recentemente por uma medida do Governo Eduardo Leite. Assim, o pagamento desta gratificação nem cobre o risco pelas vidas ali expostas. Também fica evidente, para a diretoria do Sintergs, que mesmo depois dos alagamentos de maio o Governo do Estado pouco fez.

As condições insalubres e precárias como falta de banheiros em condições adequadas, risco de incêndio das instalações elétricas e a situação sanitária e predial degradante levaram o Sindicato dos Servidores de Nível Superior (Sintergs) a solicitar ao Ministério Público do Trabalho a intervenção imediata do Centro Administrativo Fernando Ferrari e da 1º Coordenadoria Regional de Saúde (1º CRS), localizada no Centro Histórico de Porto Alegre. Agora, o Sintergs não descarta pedir a intervenção também do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) e do Hospital Sanatório Partenon.

Paralelamente ao pedido, o Sintergs lança, nesse mês de setembro, a campanha “Meu ambiente importa”, que busca mobilizar servidores a denunciar problemas no seu local de trabalho. Assim, o servidor pode enviar denúncia para o sintergs@sintergs.com.br detalhando o problema. O objetivo é também pressionar o Governo a tomar alguma atitude sobre o tema.

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