Senador Paulo Paim - Foto: Alessandro Dantas

Os aposentados e pensionistas afetados pelas chuvas do Rio Grande do Sul, podem ter 180 dias para o pagamento de dívidas de crédito consignado. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (4) o projeto de lei (PL) 1.815/2024, que pode postergar por seis meses, o pagamento de dívidas de crédito consignado. A proposta do senador Paulo Paim (PT/RS) foi aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos com uma defesa contundente do relator Otto Alencar (PSD/BA) e segue para a Comissão de Assuntos Sociais, onde se acredita também não enfrentará problemas para aprovação. Daí, segue para a Câmara dos Deputados.

Para o senador Paulo Paim, a aprovação do projeto contribuirá para que aposentados e pensionistas possam reestruturar-se de forma mais rápida, uma vez que terão maior disponibilidade financeira para fazer frente à reconstrução de suas vidas”.

Maior percentual 

“O Rio Grande do Sul detém hoje o maior percentual de aposentados e pensionistas do Brasil. Em torno de 20% da população gaúcha recebe aposentadorias e pensões. Seis meses não vão matar quem emprestou dinheiro no consignado, mas vão ajudar as pessoas que estão passando por esse momento difícil”, argumentou.

Recuperação

O Rio Grande do Sul tem o desafio de reerguer sua infraestrutura com vistas a adaptar-se para novos eventos climáticos extremos. As enchentes atingiram diretamente mais de 2,2 milhões de pessoas no estado, obrigando mais de 600 mil a abandonarem suas casas. Ao mesmo tempo, a infraestrutura do estado foi severamente danificada, com destruição de estradas, pontes e alagamento até do aeroporto internacional de Porto Alegre. A proteção da capital para enchentes de nada adiantou.

Dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul apontam que 90% da indústria do estado foi atingida pelas cheias, de proporções inéditas. Especialistas preveem uma lenta recuperação econômica do estado. Houve perda de grande parte da safra e extensas áreas agricultáveis permanecem alagadas, afetando grandes e pequenos produtores rurais, afetando 475 municípios”.