Lamim: "Nunca tive medo de tomar posição em horas difíceis". Foto: Divulgação

Rio Grande – O vereador Júlio Lamim, candidato a um segundo mandato nas eleições deste ano pelo União Brasil, partido ao qual se filiou em abril de 2022, retirou sua candidatura a Prefeitura de Rio Grande, apoiando a reeleição do atual prefeito, Fábio Branco. Este apoio, inclusive, está firmado em um documento, assinado pelo atual chefe do Executivo, que também se compromete, caso não possa concorrer, a apoiar integralmente Lamim, como o candidato a prefeito da situação. Desta forma, o União Brasil faz parte oficialmente da coligação Rio Grande Não Pode Parar.

Lamim esclarece que lançou sua pré-candidatura a prefeito, “que, inegavelmente, foi bem aceita pelo público”, como frisa o vereador, porém, percebeu com o tempo que mantê-la causaria a divisão da centro-direita com o atual prefeito e daria a vitória facilmente ao PT, o que considera o pior cenário.

“Como não tive garantias de recursos financeiros para uma campanha desse porte e não consegui aglutinar muitos partidos, não fazia sentido prosseguir. Dei um passo atrás para tentar construir com mais força no futuro; precisamos de união, não de divisão”, justifica, observando que “a campanha do PT deverá chegar no teto que está próximo de R$ 1 milhão. Além disso, seria jogar com o futuro da cidade. E eu jamais faria isso. Como o prefeito, que tem uma campanha que consegue bater de frente com o PT, manteve a dele, o movimento correto para mim foi retirar a minha candidatura”.

Lamim relata que foi procurado pelo atual prefeito para fazer uma aliança para essas eleições. “Foi uma conversa totalmente republicana. Eu não ganhei cargos nem qualquer outra vantagem; apenas avaliei que a minha independência no processo também poderia ajudar o PT. Nunca tive medo de tomar posição em horas difíceis”.

Ele revela que o União Brasil fez exigências programáticas, aceitas pelo prefeito. “E eu solicitei que, caso ele não concorra, me apoie. O Fábio Branco e sua equipe jurídica têm plena convicção de que ele concorrerá normalmente. Não houve engano algum para a população nem acordos obscuros, apenas uma segurança para o caso de ser necessária uma substituição”, garante o atual vereador e candidato a reeleição.

Finalizando, Lamim enfatiza que “sou advogado e sei que tem coisas que independem das nossas certezas. Mas nesse momento, a minha omissão poderia me custar caro, caso o PT ganhasse, o que não acredito que acontecerá em nenhuma hipótese, pois estamos trabalhando muito. Espero que Fábio Branco consiga concorrer. E, novamente: não quis jogar com o futuro da cidade e me prontifiquei a ser uma garantia caso precise. Penso primeiro e sempre em Rio Grande. Eu não posso afirmar que ganharemos as eleições, mas estou trabalhando 17/18 horas por dia para isso”.