Poços do Pré-Sal devem chegar ao seu limite em 2030. Foto: Bruno Domingos/reuters

O deputado federal Alexandre Lindenmeyer, confirmou a entrada da Petrobrás na denominada Bacia de Pelotas, localizada a 140 milhas (aproximadamente 225 quilômetros) da costa de Rio Grande e São José do Norte, onde há possibilidade de uma jazida de petróleo, com a estimativa de reserva em torno de cerca de 13 bilhões de barris. “Segundo estudos, a Bacia de Pelotas tem a geologia similar a existente na Namíbia, onde se estima também haver até 13 bilhões de barris de petróleo”, aponta Lindenmeyer. Os estudos e análises devem acontecer a partir do próximo ano.

A expectativa é extremamente positiva, levando-se em consideração que os poços do Pré-Sal começam a diminuir, com o limite produtivo finalizando em torno do ano de 2030, acredita o deputado.

Mas, o início da exploração da jazida, se esta for confirmada, só deverá acontecer próximo ao ano de 2033. “Não é para agora, nem para dentro e alguns meses. É coisa de sete, oito, 10 anos, o que irá coincidir com o limite do Pré-Sal”, afirmou Lindenmeyer. Após os estudos sísmicos, será preciso perfurar poços de teste para confirmar a existência de petróleo e avaliar a viabilidade econômica do projeto.

Outra grande notícia, que vem correndo paralela a descoberta da possível jazida, é que Rio Grande e São José do Norte terão papéis importantíssimos, com fortalecimento da economia, pois serão base de apoio para as empresas que farão a prospecção, estudos, análises e depois a exploração da jazida.

Conforme explicação do deputado, a Bacia de Pelotas foi leiloada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) no ano passado, atraindo grandes petroleiras. A Petrobras adquiriu 26 blocos na região, formando dois consórcios, um com a Shell e a CNOOC (empresa chinesa), e outro somente com a Shell.

“A descoberta desta jazida garante que o Brasil tenha outra fonte de petróleo e pare de importar o produto”, finaliza o deputado Alexandre Lindenmeyer, observando que localizada no Norte do país, entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte, a Margem Equatorial apresenta um importante potencial petrolífero, assim como a da Bacia de Pelotas, na região do Cone do Rio Grande, uma feição geomorfológica que se caracteriza por ser um sistema profundo, dominado por folhelhos e argilitos, e com grande potencial petrolífero. A parte emersa da bacia ocupa aproximadamente 40.900 km² dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

 

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