Mariane Rosa da Silva Aita, de 39 anos, deixou seis filhos, sendo um deles, o bebê recém-nascido. Foto: Reprodução

A 2ª Vara Judicial da comarca de Parobé recebeu a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) contra um médico obstetra que, durante cirurgia de cesárea, deixou gaze no corpo da parturiente, dando causa a sua morte em hospital do município do Vale do Paranhana. A pedido da instituição, a Justiça também suspendeu o exercício da atividade cirúrgica do denunciado até o julgamento do processo.

A denúncia foi oferecida ao Poder Judiciário pela promotora de Justiça Sabrina Cabrera Batista Botelho no dia 24 de julho. Segundo ela, foi imputado ao médico o crime de homicídio culposo, sem intenção de matar, durante o exercício da profissão, e falsidade ideológica. Sobre este segundo delito, o réu omitiu no prontuário médico da paciente a localização e a retirada da gaze durante uma nova cirurgia.

A VÍTIMA

Mariane Rosa da Silva Aita, de 39 anos, deixou seis filhos, sendo um deles, o bebê recém-nascido. O parto ocorreu no dia 12 de junho do ano passado. Dois dias depois, a mulher recebeu alta do hospital e, após dois meses, procurou novo atendimento médico devido a dores abdominais. Após atendimentos e processos cirúrgicos, inclusive o que teve a omissão médica no prontuário, ela morreu no dia 23 de agosto de 2023.

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