Rio Grande – Moradores da Ilha dos Marinheiros realizaram um protesto em frente a Prefeitura e Câmara de Vereadores, nesta quinta-feira (8), pedindo uma solução para a ponte, danificada durante a inundação da Lagoa dos Patos, em maio, e interditada, pois corria o risco de colapso, segundo laudo da Prefeitura. Os manifestantes relataram que a ponte foi interditada, porém, há possibilidades de passar pela mesma. Também protestaram quanto ao horário da balsa, que foi colocada para se fazer a travessia. A balsa faz a travessia a partir das 9h da manhã, parrando as 11h, voltando às 13h30min e parando novamente às 16h.
Segundo a moradora Andressa de Barros, que estava na manifestação, a balsa leva no máximo sete carros. E não leva pedestres. Estes conseguem passar pela ponte, cruzando por cima dos entulhos que a prefeitura colocou na cabeceira da ponte, para evitar que motos e pedestres atravessem. “Se der qualquer problema após as 16h, não temos a quem recorrer. A Brigada Militar não consegue passar e nem o Samu. Se precisamos, levamos a pessoa até a ponte, atravessamos por cima dos escombros e o Samu ou a BM pegam”, relatou Andressa.
“Resolveram decidir por nós moradores o que podemos ou o que não podemos fazer. Não entendemos porque o Executivo não usa o recurso destinado para o asfaltamento das estradas da Ilha, que nunca aconteceu, e faz os reparos devidos na ponte. O prefeito, como gestor, pode muito bem dispor deste recurso para a obra que tanta falta nos faz”, enfatizou a moradora.
A ponte
A estrutura já havia sofrido danos em setembro de 2023, também em função das cheias. Devido aos estragos, o Gabinete de Programas e Projetos Especiais (GPPE), setor responsável pelas obras na prefeitura do Rio Grande, interditou totalmente a ponte. “Essa ponte precisa de manutenção há mais de 10 anos e nada foi feito.” A Ilha dos Marinheiros está localizada há cerca de 30 quilômetros do centro da cidade.
No início de julho, o prefeito Fábio Branco, disse que equipes de engenheiros municipais, juntamente com agentes da Zeladoria e do Trânsito, estavam conduzindo estudos detalhados para definir a melhor abordagem para a recuperação da ponte. “Embora interditada, a ponte pode ser reparada. Estamos na fase inicial da estabilização e continuaremos com análises abrangentes sobre a estrutura,” afirmou o chefe do Executivo na oportunidade.