Em uma operação coordenada pela 2ª Delegacia de Polícia de Pelotas, hoje, foi desarticulada uma associação criminosa especializada em fraudes eletrônicas. A investigação, iniciada após várias denúncias de vítimas de estelionato, culminou na prisão de sete indivíduos e na identificação de uma rede criminosa.

Os criminosos utilizavam redes sociais, como o Facebook, para publicar falsos anúncios de venda de veículos. Após atrair as vítimas, os golpistas transferiam as negociações para o WhatsApp, onde forneciam detalhes falsos sobre os veículos e as condições de compra. Em um dos casos investigados, a vítima foi induzida a realizar três transferências via PIX, totalizando R$ 11.000,00, para contas de membros do grupo criminoso.

As contas bancárias utilizadas para receber os valores pertenciam a “laranjas”, que recebiam comissões de até 10% para permitir o uso de seus dados. Os valores eram rapidamente redistribuídos para outras contas.

O esquema 

O golpe consistia em solicitar pagamentos para supostas taxas de cartório, que deveriam ser realizadas via transferências PIX. As chaves PIX utilizadas incluíam endereços de e-mail fraudulentos, como “cartorioregistrosantos55@gmail.com”. Posteriormente, as vítimas eram instruídas a realizar pagamentos adicionais sob o pretexto de problemas mecânicos ou logísticos relacionados ao veículo.

Principais envolvidos

O delegado César Nogueira, responsável pela investigação, declarou que “essa ação demonstra a importância da integração entre nossas equipes e o uso de tecnologia para rastrear e desarticular redes criminosas, protegendo os cidadãos desses golpes virtuais.”

Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Bagé, Dom Pedrito e Porto Alegre. Celulares, documentos bancários e outros materiais usados nos crimes foram apreendidos. Ainda, foi realizada a prisão de sete membros da associação criminosa, sendo cinco presos preventivamente e dois temporariamente.

Informações preliminares colhidas durante o cumprimento das ordens judicias, demonstram que um dos investigados que teve sua prisão temporária decretada, cuja participação, inicialmente, era apenas de locação de suas contas (laranja), em verdade, participou ativamente do cometimento dos estelionatos investigados e poderá ter sua prisão temporária convertida em prisão preventiva.

Próximos passos

As investigações continuam para identificar outras vítimas e membros do grupo criminoso. A Polícia Civil alerta para que possíveis vítimas de golpes similares entrem em contato com as autoridades e reforça a importância de desconfiar de ofertas muito vantajosas em redes sociais.